A origem nórdica do cearense e os efeitos da branquitude no estado do Ceará
Resumo
Discorro, neste artigo, sobre o embranquecimento discursivo da população do Ceará tendo por base a ideia de origem nórdica do cearense, construção discursiva que veio à tona no final de julho de 2020, quando uma pesquisa encomendada a um laboratório estadunidense analisou os genes de 160 habitantes do estado e chegou à conclusão de que a genética predominante na população seria a mesma dos povos nórdicos. Ao analisar a questão, busco situar essa narrativa dentro de um panorama discursivo monopolizado historicamente pela branquitude, o que aponta para a sustentação de uma autoimagem embranquecida do estado, que tem como efeito a minimização da contribuição de grupos não brancos na constituição étnico-cultural do Ceará, embora os dados populacionais relativos ao estado digam o contrário.
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