Amartya Sen e a responsabilização dos pobres na agenda internacional
Resumo
O artigo aborda a convergência política entre o Banco Mundial e a ONU na construção de uma agenda comum para a “redução da pobreza” na década de 1990. No centro desta nova estratégia está a “abordagem das capacidades” elaborada por Amartya Sen. A absorção desta perspectiva pelas agendas internacionais permitiu uma atenuação das críticas da ONU contra as políticas do receituário do “ajuste estrutural” e uma revisão nas próprias estratégias do Banco para a viabilização de suas reformas liberalizantes. Esta operação permitiu uma redução dos custos políticos de implementação das reformas ainda hoje reiteradamente recomendadas pelos organismos internacionais, garantindo maior efetividade de táticas que tornam os pobres responsáveis por sua própria situação de pobreza.
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