“Há terra para financiar nesse verão”: a reposição da expropriação e da violência nos grandes projetos de desenvolvimento econômico no Brasil e uma crítica ao debate sobre a financeirização
Resumo
Este artigo reflete sobre as relações entre o novo regime de acumulação do capital, fundamentado nas finanças, mas não exclusivamente dominado por esse setor, e a reposição dos processos de expropriação, reterritorialização e violência na periferia do capitalismo. As relações entre a financeirização e o capital produtivo contemporaneamente recombinam a lógica entre atraso e modernidade, realiançando as classes de proprietários de terra e de proprietários de capital, financeirizando e urbanizando espaços, tais como na expansão do complexo industrial-portuário de SUAPE, em Pernambuco. O impacto territorial de tal matriz produtiva extrativista articula, então, diversas escalas e produz consequências, tanto produtivas quanto de redefinições do espaço urbano, nas quais fundos públicos, no último período mobilizados através do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e programas e políticas sociais, notadamente as urbanas e as de complementação de renda, são centrais na gestão social da expropriação.
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