Redescobrindo o passado e negociando a identidade

Considerações sobre a identidade sulista pleiteada pelo movimento separatista "O Sul é o Meu País"

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.14244/contemp.v13i3.1213

Resumen

Indicando o movimento separatista “O Sul é o Meu País” (OSMP) como estudo de caso, o presente artigo indaga: como os elementos históricos e culturais presentes no discurso oficial do OSMP são mobilizados no sentido de legitimar a identidade étnica sulista pleiteada pelo movimento? Para tanto, realizou-se uma análise documental e discursiva que, ao operacionalizar os conceitos de identidade e cultura, identificou o caráter relacional, simbólico, temporal e material da identidade sulista, discernindo as formas como antepassados e antecedentes históricos são ressignificados, visando construir uma verdade histórica que valide a noção do ser. De mesmo modo, analisou-se a construção discursiva do sentimento de bairrismo postulado pelo movimento, bem como a construção da noção de superioridade cultural dos sulistas, o que se reverbera em uma dimensão material de exclusão física dos “não sulistas”.

Biografía del autor/a

Gabriel Pancera Aver, Universidade Estadual de Londrina

Bacharel em Ciência Política e Sociologia pela Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA). Mestre em Sociologia pela Universidade Estadual de Londrina (UEL) e doutorando em Sociologia pela Universidade Estadual de Londrina (UEL)

Publicado

2024-10-10